quarta-feira, 23 de março de 2016

Úlceras pépticas e H.pylori

Úlcera péptica é uma ferida na mucosa gástrica ou do duodeno. É uma patologia que tem uma grande incidência na população. Por isso é considerada uma questão de Saúde Pública importante, e que se deve ter conhecimento de seus meios de transmissão e tratamento. Ela está associada à perda da qualidade de vida e constante tratamento das complicações da doença. As complicações mais frequentes das úlceras pépticas são o sangramento e a perfuração das mucosas gastrintestinais. A infecção pela bactéria Helicobacterpylori (H. pylori) é o fator mais comum que leva ao aparecimento das úlceras pépticas. Estima-se que a bactéria esteja em até 80% dos brasileiros dependendo da região. A H. pylori é comumente encontrada na saliva e nas fezes humanas. É considerada uma fonte importante de infecção, locais sem saneamento básico, onde é fácil a ingestão de água contaminada e existem estudos que apontam que a relação de contato direto de saliva entre indivíduos e que a transmissão sexual oral-anal também pode acontecer.

A H. pyloripossui mecanismos que favorecem a sua fuga da ação de defesa do nosso organismo e consiga adentrar na mucosa gástrica. A bactéria também consegue utilizar uma substância encontrada em nosso ácido estomacal, produzindo substâncias químicas que, para ela, serve como uma espécie de barreira contra as agressões que o nosso ácido estomacal causaria contra ela, a deixando protegida.

Por essa ação que a bactéria tem, de produzir substâncias químicas para se proteger o método mais utilizado para o seu diagnóstico é o teste respiratório da uréia. Uma das substâncias que a H. pyloriproduz é capaz de ser detectada em um teste rápido, que ao ser analisado em um laboratório é possível dizer se o indivíduo está infectado com a bactéria.

O seu tratamento se dá a partir do uso de dois antibióticos combinado com um supressor ácido, como por exemplo o Omeprazol. Para as pessoas que não conseguem erradicar a bactéria desta forma, o uso de Furazolidona vem se tornando cada vez mais popular por conta do seu baixo preço e grande eficácia.

João Gabriel Gouvêa da Silva – 3° semestre do curso de Farmácia

Referências:

OLIVEIRA, A.F. et al. Epidemiol. Serv. Saúde. Brasília,v.24 n.1 Jan./Mar. 2015

SILVA, F.M. et al. Rev. Hosp. Clin. São Paulo, v.57 n.5 Sept./Oct. 2002

CASALI, J.J. et al. Rev. Col. Bras. Cir. Rio de Janeiro v.39 n.2 Mar./Apr. 2012

LADEIRA, M.S.P. et al.Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial.Rio de Janeiro, v. 39, n. 4, p. 335-342, 2003.

BARBOSA, J.A; SCHINONNI, M.I. Revista de Ciências Médicas e Biológicas.Salvador, v.10, n.3, p.254-262, set./dez. 2011

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