terça-feira, 17 de novembro de 2015

Câncer de próstata

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É um órgão pequeno, com a forma de uma maçã, situado abaixo da bexiga envolvendo a porção inicial da uretra. Ela é responsável por produzir parte do sêmen, líquido que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual. O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens no mundo e o quinto em taxa de mortalidade.
Em um levantamento realizado em 2012, cerca de 1,1 milhões de casos novos foram diagnosticados. No Brasil, em 2012, foram registrados 13.354 óbitos pela doença, o que representa 13,1% dos óbitos por câncer em homens. É o câncer mais incidente entre homens no país, excluídos os casos de tumores de pele não melanoma. Estimou-se 68.800 casos novos do câncer de próstata em 2014. Esses valores correspondem a um risco de aproximadamente 70,42 casos novos a cada 100 mil homens.

O principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata é a idade. Cerca de 65% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados em pacientes com idade superior a 65 anos. Outro fator de risco importante é a etnia. A mortalidade relacionada ao câncer é 2,4 vezes maior nos descendentes afro-americana quando comparados à população branca. Outro fator de risco importante é a hereditariedade.  Se um parente de primeiro grau tem a doença, o risco é, no mínimo, duas vezes maior do indivíduo também apresentar o câncer. Se dois ou mais indivíduos da mesma família são afetados, o risco aumenta em cinco a 11 vezes.

Os exames para detecção do câncer de próstata utilizados são o PSA e o toque retal.  O PSA é uma proteína produzida pela próstata, responsável pela liquefação do sêmen, pode estar aumentada em outros casos que não o câncer, como o avançar da idade. O toque retal avalia o tamanho, a forma e a textura da próstata podendo identificar possíveis alterações decorrentes do câncer. É importante ressaltar que esses exames devem ser aplicados com cautela, é necessária uma boa avaliação do quadro clínico, sintomas apresentados e histórico familiar.

Como prevenção, assim como qualquer outro câncer, recomenda-se uma mudança de estilo de vida. Isto inclui uma reeducação alimentar, prática de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

A evolução deste tipo de câncer é usualmente silenciosa. Um dos poucos sintomas observados em fase inicial é a dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite. Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

O tratamento é avaliado conforme o caso e gravidade. Cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Em estágios mais avançados a radioterapia ou cirurgia, combinado com tratamento hormonal têm sido utilizados.

Marina Maria de Oliveira –  10º semestre do curso de Farmácia

Averbeck et al. Diagnóstico e tratamento da hiperplasia benigna da próstata. Rev. da AMRIGS, v. 54, n. 4, p. 471-477, out.-dez. 2010.

DAMIAO, R. et al. Câncer de próstata. Rev HUPE, v. 14, supl. 1, ago. 2015.

Silva ABM et al. Conhecimentos e práticas sobre prevenção do câncer de próstata: uma contribuição para a enfermagem. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v. 21, esp.2, p.  785-91, dez. 2013.

INCA. Informativo detecção precoce: monitoramento das ações de controle do câncer de próstata. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/Ministério da Saúde, Boletim, v. 5, n. 2 maio/ agosto 2014.

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